O GrafBolsa auxilia na Análise técnica de ações através da disponibilização de gráficos com os históricos das cotações gerados a partir dos dados fornecidos diariamente pela Bolsa de Valores do Estado de São Paulo.

Os métodos usados para analisar uma ação são divididos em duas grandes categorias: análise fundamental e análise técnica.

A análise fundamental utiliza como ferramentas para sua análise vários fatores como as características da empresa, patrimônio, lucros, dívidas, despesas,  etc, para encontrar um preço adequado do ativo.

É considerado um momento de compra quando  o preço atual do ativo estiver abaixo desse preço intrínseco calculado, e enquanto não se chegar ao valor adequado não há venda.

Já a análise técnica pretende prever o comportamento de uma ação baseado em estatísticas do histórico de preços e volume, e também  através do estudo dos padrões gráficos.

Ela não tenta encontrar o preço intrínseco da ação, ao invés disso, usa gráficos para sugerir movimentos futuros do mercado.

Logicamente cada tipo de análise tem suas vantagens e desvantagens, e o ideal é utilizar as duas ao mesmo tempo.

A análise fundamental normalmente é usada para aplicações de longo ou médio prazo. Já os grafistas (análise técnica), além de longo e médio prazo, também investem a curto prazo, para investimentos de meses,  dias ou até horas (intraday).

Uma crítica dos "grafistas" em relação à análise fundamental, é que a maioria das pessoas recebe atrasada as informações sobre as empresas, o que é publicado na imprensa, certamente já é de conhecimento dos profissionais do mercado.

Enquanto que nos gráficos, através da análise dos preços e volume, você está vendo realmente o que está acontecendo.

A análise técnica possui várias ferramentas como os indicadores técnicos, estudos com candlestick, fibonacci, padrões gráficos, linhas de suporte e resistência, etc.

Normalmente o mercado antecipa o fato, e algum evento, bom  ou ruim, que poderá ocorrer com uma empresa daqui seis meses ou mais, provavelmente já está embutido hoje no preço da ação.

Compare investir na bolsa com a construção de uma casa:

Se você não possuir um projeto de construção, a obra será o caos, gerando custos excessivos.

Isso vale para a Bolsa: Se não tivermos um plano de entrada e saída, vamos nos deixar levar pelo sentimento, o que torna a Bolsa um cassino, onde cedo ou tarde haverá uma grande perda.

A análise técnica fornece as  ferramentas para criar esse projeto, por exemplo, através de cruzamento de média móveis, indicador  MACD e várias outras ferramentas.

Com um projeto em mente é possível testá-lo no passado, isso não é garantia que vá funcionar no futuro, mas se der errado no passado é bem provável  que não vá funcionar no futuro.

A maioria dos iniciantes não possui um critério de entrada e saída, e quando a bolsa cai,   não vendem e amargam pesadas perdas, querendo provar a si mesmo que estavam certos.

Os profissionais sempre limitam o prejuízo, criando preço "stop" de venda, sabendo que nas altas poderão compensar as perdas.

Seguidor de Tendências
("Trend Following")

É um critério de investimento que utiliza ferramentas da análise técnica para escolher os pontos de compra e venda, e  uma vez escolhido esses critérios, eles são seguidos religiosamente.

É necessário uma escolha adequada da ação, e a única maneira de escolher é observar seu comportamento no passado, mesmo que saibamos que isso não é garantia total de que vá se repetir no futuro.

O "Seguidor de Tendências" utiliza principalmente médias móveis, e indicadores técnicos que são construídos a partir dessas médias, e não se deixa influenciar por notícias econômicas, políticas ou pela análise fundamental, seguindo fielmente os seus critérios ( "setup" ) de entrada e saída.

Caso o investidor siga essa linha de raciocínio é possível que se fique fora do mercado por muitos meses, logo o investidor necessita ter consciência de que o mercado alterna altas e baixas e terá que ter calma suficiente para esperar o momento de entrar no mercado e também de sair.

Veja exemplo dessa estratégia:

Exemplo da Estratégia do "Seguidor de Tendências"

Veja o gráfico abaixo que mostra os pontos de compra/venda e o rendimento com e sem  o uso da estratégia de médias móveis de 5 e 15 semanas.

Repare no gráfico acima que nem sempre a compra e venda tem sucesso.

Quem utiliza essa estratégia deve saber que pequenas perdas são inevitáveis enquanto se espera um momento forte de alta.

Daí elas devem ser analisadas para um período de pelo menos 5 anos, de modo que uma alta forte compense as perdas.

Quando uma ação sobe quase que constantemente, essa estratégia dará quase sempre rendimentos menores caso tivéssemos comprado e vendido sem nenhuma estratégia.

Isso porque, caso ocorra alguma baixa no período, teremos que vender para nos precaver do pior.

Veja gráfico abaixo:

Porém, durante grandes baixas da Bolsa, esse sistema vai nos proteger como no gráfico abaixo:

Veja outro exemplo abaixo de sucesso dessa estratégia:

Repare no gráfico acima que a ação se mostrou muito instável, provocando perdas sucessivas, que mesmo que pequenas, quando acumuladas tiveram um grande prejuízo.

Na análise técnica, para qualquer estratégia, sempre se prefere ações que caiam ou subam com força, ao invés de ações com tendência indefinida.

Pode-se tentar alterar o parâmetro do indicador usado quando uma ação não se ajustar com determinado valores.

Por exemplo, em vez de usarmos médias móveis de 5 e 15 semanas, alterarmos para 15 e 45 semanas, porém é sempre melhor procurarmos usar um mesmo valor para facilitar a análise.

Analisando as ações mais negociadas, chegamos à conclusão que a estratégia usada pelo Grafbolsa tem um índice de acerto na faixa de 85% para um período mínimo de 6 anos, ou seja, de 100 ações analisadas, 85 ações terão sucesso com esta estratégia ao longo de 6 anos.

Se o período analisado for menor que 6 anos, a porcentagem de acerto diminuirá.

Deve-se ressaltar que é considerado sucesso nesta estratégia quando o rendimento for positivo, independente se é menor ou maior ao rendimento sem nenhuma estratégia, já que um dos principais objetivos dessa estratégia é a proteção quando o mercado cair muito, como a crise financeira de 2008.

Esse índice de acerto de 85% corresponde ao rendimento total em 6 anos.

Não é o índice de acerto de cada compra e venda realizada.

No caso de análise de cada compra e venda de ação, o índice de acerto está na faixa de 45%.

Portanto se erra mais do que se acerta nas compras, mas quando se perde, perde-se pouco, e quando se ganha a tendência é ganhar mais, o que faz com que a média geral seja positiva.

Logo o objetivo dessa e outras estratégias é estar sempre no mercado, admitindo perdas menores e esperando um momento de alta.

O que se faz para escolher ações adequadas?

- O fato de uma estratégia ter sucesso no passado não é garantia que vá funcionar no futuro.

Porém é melhor comprarmos uma ação cuja estratégia já tenha funcionado do que outra que não.

Mas algumas ações de baixa liquidez no passado passaram a ter liquidez no presente, logo deve-se considerar apenas o período com liquidez.

- Comprar no mínimo seis ou oito ações de alta liquidez para diluir possíveis perdas.

Para ações com baixa liquidez, os indicadores técnicos não são confiáveis, e as estratégias normalmente não funcionam.

- Para qualquer tipo de análise técnica não é recomendado operar com ações com preço muito baixo (menor que R$ 1,00) porque qualquer alteração no preço em centavos, a variação, em termos percentuais, é muito alta e os indicadores técnicos nesses casos também não são confiáveis.

Nessa situação você pode ganhar muito, mas também pode perder muito, ou seja, torna-se uma loteria e a análise técnica busca evitar isso.

Há centenas de estratégias para se operar com ações.

E é muito fácil encontrar uma ação que funcione perfeitamente em qualquer estratégia criada durante um período de tempo.

Porém uma análise criteriosa de qualquer estratégia exigirá sempre um estudo com muitas ações e por períodos diferentes de tempo.

Nunca julgue uma estratégia apenas para uma ação.

Ela poderá parecer perfeita naquele período de tempo para aquela ação específica, porém no futuro poderá não dar bons resultados.

Os cálculos dos gráficos acima são uma simulação.

Em uma operação real, há outros fatores que podem influenciar o resultado em relação a uma simulação, como a liquidez, que faz com que não se consiga um determinado preço que a simulação utilizou.

No cálculo não está incluído pagamento de imposto de renda, corretagem, emolumentos, etc.

Veja também o tópico Indicadores Técnicos.

Os comentários acima são apenas uma referência para uma posterior análise pessoal do cliente, o mercado acionário é um investimento de alto risco e o Grafbolsa não pode ser responsabilizado por decisões tomadas pelo investidor.